Erros a evitar
O processo de aprendizagem de qualquer área ou tema, começa por uns quantos erros. Aqui estão alguns que podes evitar.
O processo de aprendizagem de qualquer área ou tema, começa por uns quantos erros. Basta pensarmos, na forma como aprendemos a andar. Antes de darmos uns quantos passos seguidos, caímos uma série de vezes.
No que toca a investir, passa-se exactamente o mesmo. Por isso, vamos tentar evitar os erros mais comuns, começando por ganhar consciência deles.
O medo de perder dinheiro. Pode realmente acontecer - quanto mais cedo nos habituarmos a esta ideia, melhor. No entanto, apesar de ser um medo perfeitamente normal, com a quantidade de informação que existe actualmente, é bem provável que este receio seja alimentado por outros factores e não propriamente porque "não sei como se faz".
Comportamento do rebanho. Depois de ultrapassado o medo inicial, quando as pessoas estão prontas para comprar a sua primeira Acção, ETF ou Cripto, acabam por ir atrás da recomendação de um amigo ou de algo que ouviram na internet. Isto está mais próximo do conceito de jogar num casino, do que do conceito de investir. Saber onde obter informação válida e ter capacidade de formularmos as nossas próprias decisões, é a melhor forma de evitar o erro de seguir o rebanho.
Desistir ao primeiro mau resultado. Depois de se comprar o primeiro activo, pode acontecer que ele desvalorize durante algumas semanas ou meses. Geralmente, existe um motivo para isto ter acontecido e, apesar de não ser agradável de ver a conta a negativo, muitas vezes, não é motivo para pânico. No entanto, por não compreenderem bem o que se está a passar e pela falta de experiência, há quem acabe por desistir e vender no prejuízo. Geralmente, estas são as pessoas que ouvimos dizerem mal de Acções ou Criptos porque, compraram uma vez e "perderam tudo".
A falta de um plano ou estratégia. Ter uma visão de longo prazo nesta área, é a forma mais tranquila e que, geralmente, produz melhores resultados. Para isso, ajuda ter algum tipo de plano ou estratégia, para evitar os comportamentos descritos nos pontos anteriores.
A falta de diversificação. Este ponto costuma ser mais uma consequência do anterior. Há pessoas que compram o primeiro activo, a coisa corre bem, depois compram um segundo activo e por aí fora. Mas, sem o tal plano, há pessoas que investem tudo em empresas do mesmo sector - porque trabalham nele ou porque simplesmente gostam de determinada área. Se houver alguma crise ou uma regulamentação nova que afecte esse sector em específico, o mais certo, é que esse portfolio desvalorize consideravelmente. A diversificação, não deve ser só por diferentes empresas, mas também por sectores e até, por geografias. Num futuro artigo, falaremos mais em detalhe sobre este ponto.
Preguiça e pressa. Fala-se muito de como, hoje em dia, é possível investir com pouco dinheiro. E é verdade. É possível começar com menos de 50€. Só que, há pessoas que se esquecem de ver as condições da correctora que vão usar. Geralmente, optam por uma app que já conhecem, por comodismo ou porque é mais rápido de começar. Mas, não olham para as comissões e taxas associadas. Mais tarde, concluem que o investimento não compensou, não necessariamente por terem investido um valor baixo, mas porque optaram por uma correctora com uma estrutura de comissões que lhes ficou com uma parte significativa do lucro.
Esta lista poderia continuar, com outros aspectos como o correr atrás dos activos que prometem maiores retornos, o comprar ou vender com base nas emoções (medo, ganância ou entusiasmo) ou até na comparação com o vizinho. Mas, todos estes - também eles erros comuns - acabam por derivar dos mencionados e podem ser evitados se tivermos em mente o que aqui foi dito.
Investir implica realmente riscos e até, a perda total do capital.
A melhor solução: estar informado/a e ter capacidade de análise crítica.
Por aqui, vamos continuar a tentar partilhar o máximo de informação útil para ajudar a navegar melhor neste mar, por vezes, turbulento.